Nos últimos anos, o turismo das raízes emergiu como um dos eixos mais estratégicos da promoção internacional da Itália. Trata-se de um modelo turístico pensado para os italianos no exterior, filhos, netos e descendentes de comunidades emigradas, que desejam redescobrir os territórios de origem, reconstruir vínculos familiares e viver uma experiência autêntica nos bairros históricos e nas comunidades locais.
O objetivo é duplo: por um lado, aproximar milhões de ítalo-descendentes da história de suas famílias, favorecendo um retorno emocional e identitário; por outro, estimular a revitalização econômica e cultural dos pequenos municípios, por meio de uma oferta turística estruturada e de qualidade. O turismo das raízes dirige-se, portanto, a quem busca uma viagem profunda e pessoal, feita de tradições, artesanato, genealogias familiares, mas também a quem deseja uma experiência cultural imersiva e sustentável, capaz de valorizar territórios muitas vezes fora dos circuitos turísticos tradicionais.
Nesse cenário, insere-se uma iniciativa que marca um novo avanço: com o projeto-piloto “Turismo delle Radici – Ritorno alle Antiche Dimore Irpine tra Conservazione e Innovazione”, abre-se hoje uma nova fase, financiada pelo MAECI por meio do Fundo de Desenvolvimento e Coesão (FSC) 2021–2027. A iniciativa, da qual a Província de Avellino será o organismo executor, propõe um modelo integrado para trazer de volta à Irpinia as diferentes gerações de emigrantes e os italianos no exterior desejosos de restabelecer a relação com os lugares da própria história familiar. Um projeto que une a recuperação do patrimônio, a inovação dos serviços e experiências identitárias, fazendo da Irpinia um dos territórios de referência desta nova etapa do turismo das raízes.
Nesta sexta-feira, 21 de novembro, Roma será o centro deste percurso de relançamento. Em um evento dedicado às políticas para o turismo das raízes, o Ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, apresentará como esse modelo, já experimentado em diversos territórios e enriquecido por novas iniciativas piloto, será ampliado de forma sistemática para outros municípios e realidades locais, com foco especial no Lácio e na Apúlia.
O anúncio não tratará apenas da promoção cultural, mas um verdadeiro plano integrado: fortalecimento das infraestruturas locais, melhoria dos serviços de acolhimento em centros históricos, criação de itinerários genealógicos certificados, suporte às administrações municipais e associações locais. O retorno às origens, portanto, não apenas como experiência simbólica e cultural, mas como viagem física possibilitada por transportes mais eficientes, estruturas de hospedagem adequadas e serviços turísticos à altura de um público internacional.
Roma, com este encontro, prepara-se para se tornar o centro de coordenação de um projeto que une memória, identidade e desenvolvimento territorial, reforçando os laços entre a Itália e suas comunidades no mundo e abrindo novas oportunidades para os territórios que desejam voltar a ser lugares vivos, acolhedores e capazes de contar sua história às novas gerações globais.