sex. set 5th, 2025

UE e Itália abrem caminho ao Brasil: liberação das exportações de frango após reconhecimento como “país livre” da gripe aviária.

A União Europeia reconheceu oficialmente o Brasil como país livre da gripe aviária, abrindo caminho para a retomada das exportações de carne de frango ao mercado comunitário. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que compartilhou a notícia em uma publicação na rede social X.

Em nota, o Ministério da Agricultura explicou que Fávaro participou de uma reunião de alto nível por videoconferência ao lado do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, e do Comissário europeu para Saúde e Bem-Estar Animal, Oliver Varhelyi.

Segundo o comunicado, Varhelyi demonstrou satisfação com as informações técnicas fornecidas por Brasília sobre o foco registrado este ano em uma granja no sul do País.

“Ministro Fávaro, tenho uma boa notícia: os dados enviados pelo seu governo nos permitem confirmar que o Brasil está livre da gripe aviária”, declarou o Comissário. “Na prática, isso significa que iniciaremos com os Estados-membros a retirada gradual das proibições e restrições às exportações, até o restabelecimento completo das áreas previamente autorizadas.”

O Brasil havia notificado o primeiro caso de gripe aviária em maio, episódio que levou diversos países a adotar restrições temporárias às importações de carne de frango brasileira. A China, um dos principais parceiros comerciais, ainda mantém algumas limitações, enquanto outros mercados vêm reabrindo progressivamente.

Para o Brasil, o reconhecimento da UE é um passo crucial: até junho, o bloco já havia importado 125,3 mil toneladas de carne de frango, um aumento anual de 20,8%, que representou US$ 386,3 milhões em vendas, de acordo com dados da associação setorial ABPA.

A Itália e o vínculo com a avicultura brasileira

A Itália, historicamente grande consumidora e processadora de carnes brancas, acompanha com atenção a reabertura das importações do Brasil, que segue sendo um dos fornecedores estratégicos para a indústria alimentar nacional. As empresas italianas do setor, fortemente integradas à cadeia de distribuição europeia, poderão se beneficiar da estabilidade da oferta brasileira, especialmente em um momento em que o mercado interno europeu enfrenta custos de produção elevados e dificuldades logísticas.

A decisão de Bruxelas, portanto, não é apenas um sinal positivo para o Brasil, mas também para países como a Itália, que apostam na segurança alimentar e na diversificação das fontes de fornecimento em um setor essencial como o avícola.

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