O cinema italiano é, inegavelmente, um dos pilares da sétima arte mundial. Com sua riqueza estética, profundidade narrativa e a capacidade única de capturar a alma humana em suas diversas nuances, ele nos presenteou com obras-primas atemporais que continuam a inspirar e emocionar gerações. De Rossellini a Fellini, de Visconti a Antonioni, a Itália e, em particular, Roma, sempre serviram de cenário e musa para contadores de histórias brilhantes.
É com grande entusiasmo que lançamos a série semanal dedicada a explorar essa fascinante conexão: “Roma e o Cinema”. Toda quinta-feira, embarcaremos em uma jornada cinematográfica, mergulhando na história que tem a Cidade Eterna como protagonista ou pano de fundo.
Convidamos você a nos acompanhar neste percurso emocionante e entendendo como a mágica de Roma se traduz na tela grande.
A cidade do amor e da liberdade reencontrada
Em 1953, William Wyler iluminou uma Roma que ainda não sabia ser cartão-postal, mas já nascia como mito. Vacanze Romane é o relato de uma fuga: uma princesa em busca de liberdade, um jornalista que reencontra a verdade e uma cidade que desperta como um sonho compartilhado.
A Escadaria da Piazza di Spagna, a Fontana di Trevi, a Bocca della Verità e o Coliseu tornam-se etapas de um itinerário sentimental, percorrido de Vespa entre sorrisos e olhares cúmplices. Na elegante Galleria Colonna, palco de esplendor e mundanidade, a princesa Anna dança por uma noite que parece não ter fim.
Roma aparece em preto e branco, mas brilha com luz própria: elegante, melancólica, irresistível. É a verdadeira protagonista do filme — guardiã de uma inocência que o tempo não apagou.
Cada pedra, cada rua, cada praça narra o instante em que o cinema e a cidade se apaixonaram — e nunca mais se separaram.
Filme: Vacanze Romane Locais icônicos: Piazza di Spagna – Fontana di Trevi – Bocca della Verità – Piazza Venezia – Coliseu – Castel Sant’Angelo – Galleria Colonna – Via Margutta 51
Direção: William Wyler
Elenco: Audrey Hepburn, Gregory Peck
Ano: 1953
