qui. out 30th, 2025

Por que investir em Minas Gerais? Apresentação da Business Guide Minas-Italia

Apresentado em Roma, na histórica sede do Palazzo Ferrini Cini, na Piazza di Pietra, o Business Guide Minas Italia contou com um painel de palestrantes que ilustraram o grande potencial do Estado brasileiro — um verdadeiro ecossistema favorável aos investimentos. O projeto do guia nasce para celebrar os 30 anos de atividade da Câmara de Comércio Italiana de Minas Gerais sob a presidência de Valentino Rizzioli.

A mesa-redonda, apresentada e moderada por Giacomo Guarnera, Presidente do LIDE Itália, evidenciou os diversos motivos estratégicos para considerar o Estado brasileiro de Minas Gerais como destino de investimento, avaliando — além do parceiro local — também a importância de contar, na Itália, com uma instituição como a LIDE que faça a ponte entre Itália e Brasil.

Minas Gerais está localizada na região Sudeste do Brasil, a mais desenvolvida do país, e possui, em relação a outros Estados, uma posição de “corredor” para diversos mercados internos brasileiros. Seu mercado é relevante: por exemplo, o Estado é o segundo — depois de São Paulo — em dimensão de consumo no cenário brasileiro.

Para uma empresa italiana que produz bens de consumo, componentes, máquinas ou serviços industriais, entrar em Minas pode significar não apenas acessar o mercado local/estadual, mas também utilizar a base brasileira como porta de entrada para a América Latina.

Com uma economia diversificada e setores em crescimento, Minas Gerais possui forte tradição em minerais e extração (ferro, ouro e outros), mas também tem impulsionado setores emergentes como energia solar, infraestrutura e e-commerce. Por exemplo, o grupo Vale S.A. anunciou investimentos massivos no Estado: cerca de 67 bilhões de reais até 2030 para fortalecer as operações minerárias em Minas Gerais.

O setor de energias renováveis está em plena expansão: projetos solares de grande porte representam oportunidades para empresas europeias e italianas que desejem participar (instalações, componentes, EPC) em regime de parceria.

O agronegócio é forte: Minas Gerais é um dos principais Estados brasileiros na produção (leite, café, e outros produtos). Isso pode gerar oportunidades upstream/downstream para investimentos italianos em tecnologias agrícolas, instalações agroalimentares e logística.

Infraestruturas e logística favoráveis: O Estado possui uma rede rodoviária muito extensa e um bom grau de conexão logística interna no que diz respeito ao acesso às infraestruturas de transporte. Para um investidor italiano, contar com boa infraestrutura ajuda a conter custos logísticos e o tempo de entrega de matéria-prima e produtos finais.

Incentivos e forte apoio governamental: O Estado oferece um ambiente jurídico moderno, “one-stop shop” para registro, assistência e incentivos às empresas estrangeiras, com políticas que preveem benefícios fiscais, reduções ou diferimentos de impostos (por exemplo ICMS — equivalente ao IVA interno brasileiro) em setores estratégicos. Para um investidor italiano, isso significa vantagem competitiva graças a condições mais favoráveis.

Por que um investidor italiano?
As empresas italianas podem agregar em Minas Gerais know-how tecnológico, automação, engenharia e design industrial — valores reconhecidos no mercado brasileiro que privilegia parceiros europeus confiáveis.
Há possibilidade de acesso ao mercado latino-americano com base operacional em Minas: custos menores do que se instalar no Estado de São Paulo (mais competitivo), mantendo-se em um mercado consolidado.
Mesmo com risco-país, o Brasil oferece diversificação geográfica em relação à Itália/Europa. Para um grupo italiano em expansão, isso pode ser uma oportunidade de crescimento.
Além disso, há relações bilaterais históricas entre Itália e Brasil, e as empresas italianas podem se beneficiar destes laços culturais e comerciais — sem esquecer o Acordo União Europeia – Mercosul, um tratado de livre comércio que deverá, em breve, permitir às empresas italianas expandirem mercados na América Latina e garantir novas fontes de suprimento, inclusive de matérias-primas críticas.

O Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, destacou o papel de liderança do Estado, que aposta na simplificação normativa como alavanca competitiva para atrair empresas. A desburocratização das leis, a rapidez na análise de projetos com impacto fiscal, ambiental ou sanitário e uma gestão mais eficiente da máquina pública são — sublinha — elementos-chave de uma estratégia que, em sete anos, atraiu mais de 90 bilhões de reais em investimentos privados e gerou mais de um milhão de novos empregos formais.

Segundo o governador, a economia de Minas registrou crescimento superior à média nacional de forma constante, graças também a uma rigorosa política de spending review que reduziu em mais de 50 mil o número de cargos na administração pública, melhorando ao mesmo tempo os indicadores de saúde, educação, infraestrutura e segurança. Este último ponto recebe destaque: em Minas Gerais — afirma — o crime organizado não controla “nem um metro quadrado” do território, reforçando a imagem do Estado como destino confiável e estável para novos investimentos.

Participaram do debate:
Avv. Gianmarco Nunziante – Founding Partner Nunziante Magrone Studio Legale Associato;
Dep. Fabio Porta – Deputado da Circunscrição do Exterior América do Sul;
Senador Antonio Trevisi;
Giselle Canahuati – Responsável pela Secretaria Socioeconômica da IILA;
Flavio Roscoe – Presidente da FIEMG;
Mila Corrêa – Secretária do Governo de Minas Gerais;
Túlio Kafuri – Ministro-Conselheiro da Embaixada do Brasil em Roma;
Adriano Muzzi – Triade Advisory;
Ivan Aliberti – Consultor empresarial;
e Nicola Trovato – INC Italia.

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