Com uma celebração solene na Praça São Pedro, o Jubileu 2025 chega ao seu desfecho: o Ano Santo, aberto pelo Papa Francisco com o rito de abertura da Porta Santa, será concluído por Papa Leão XIV, que presidirá a cerimônia marcada oficialmente para 6 de janeiro de 2026, festa da Epifania. Será nessa data que a Porta Santa da Basílica de São Pedro será definitivamente selada, marcando o encerramento formal do Ano Santo.
As demais Portas Santas das basílicas papais: São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Fora dos Muros serão fechadas em 28 de dezembro de 2025, conforme o calendário oficial do Jubileu.
Um rito que une dois pontificados
O fato de o Ano Santo ter sido aberto pelo Papa Francisco e ser encerrado sob o ministério do Papa Leão XIV confere a este Jubileu um caráter singular: uma ponte entre dois pontificados, uma continuidade espiritual que atravessa um tempo importante de transição para a Igreja.
A abertura, conduzida por Papa Francisco na noite entre 24 e 25 de dezembro de 2024, foi um convite universal a “atravessar o limiar da misericórdia”. Hoje, Papa Leão XIV recolhe simbolicamente essa herança, guiando a Igreja no gesto complementar: o fechamento da Porta Santa, sinal de que o tempo de graça extraordinária se integra à vida ordinária dos fiéis.
A cerimônia de 6 de janeiro: o selo da Epifania
O rito da Epifania, tradicionalmente ligado à manifestação de Cristo ao mundo, oferece um contexto teológico profundo ao encerramento do Jubileu. O selamento da Porta Santa não representa um ato de “fechamento” no sentido restritivo, mas o início de um novo compromisso: transformar em vida cotidiana a experiência vivida durante o Ano Santo.
Um ano de peregrinações e testemunhos
Ao longo de 2025, Roma voltou ao centro da geografia espiritual mundial. Os fluxos de peregrinos superaram as expectativas, com delegações vindas de todos os continentes. As celebrações dedicadas aos jovens, aos trabalhadores, aos migrantes e às famílias marcaram um ritmo que tornou cada bairro da cidade mais vivo.
Da Porta Santa à vida real
Em sua mensagem, Papa Leão XIV retomou um dos temas mais queridos por Papa Francisco: “As portas se fecham, mas o coração da Igreja permanece aberto”. Um convite a não relegar a experiência jubilar a uma lembrança, mas a transformá-la em estilo de vida: misericórdia concreta, atenção aos mais frágeis, diálogo social, compromisso com a paz.
Um olhar além do Jubileu
Com o fechamento das Portas Santas nas quatro basílicas, Roma entra em uma nova fase. O Jubileu 2025–2026, aberto por um Papa e encerrado por outro, deixa como herança uma Igreja que continua em caminho, com a promessa de que, mesmo seladas, as Portas Santas permaneçam sempre abertas no coração dos fiéis.