sex. jul 4th, 2025

Campofranco: O vilarejo siciliano que ganhou coração verde-amarelo

Esqueça as filas em consulados e a burocracia interminável para ter um pedaço da Itália. Em um cenário que parece saído de um filme, a pequena cidade de Campofranco, um vilarejo de apenas 2.500 habitantes no interior da Sicília, está se transformando em uma vibrante “colônia brasileira”. O segredo? Casas vendidas por um euro – sim, você leu certo, menos de R$ 7! – e uma receptividade italiana que abraçou de braços abertos a energia brasileira.

A iniciativa das casas a um euro se espalhou pela Itália como uma forma de reverter o esvaziamento de cidades pequenas. Mas Campofranco tem um diferencial que a tornou irresistível para os brasileiros: não há exigência de reforma imediata do imóvel nem de pagamento de caução à prefeitura. Essa flexibilidade, somada a uma estratégia de comunicação certeira, abriu as portas para uma avalanche de interesse.

Desde que a imobiliária local Vero Affare, comandada pelos irmãos Antonino e Carmelo Cuschera, lançou a proposta, mais de 300 brasileiros entraram em contato pelo WhatsApp. E o número só cresce.

Mas quem são esses brasileiros aventureiros? O perfil que emerge não é o de turistas em busca de uma casa de veraneio. São, em sua maioria, pessoas com cidadania italiana e uma clara visão de negócios. O objetivo é “transformar a realidade local”, alinhando-se perfeitamente com o propósito original das casas de um euro: repovoar e revitalizar a economia de pequenos vilarejos italianos.

Campofranco, por sua vez, oferece uma equação irresistível: preço simbólico, qualidade de vida, calor humano e proximidade com cidades maiores, como Caltanissetta. E, agora, uma nascente comunidade brasileira pronta para crescer.

As casas à venda em Campofranco não são mansões. São, como um anúncio da Vero Affare no Facebook descreve, imóveis abandonados e deteriorados, precisando de “reparos no teto e repletos de entulho”, “apenas esperando alguém para trazê-la de volta à vida”. O texto é direto: “Não é uma casa para todos, mas para aqueles com visão, habilidades manuais e espírito de iniciativa.” É um convite para quem está disposto a arregaçar as mangas e ser parte de uma verdadeira missão de reconstrução.

Mas talvez o maior atrativo seja a receptividade dos sicilianos e adaptabilidade dos brasileiros na Sicília, é como se fossem velhos conhecidos, um encontro espontâneo que selou uma conexão cultural imediata.

Campofranco está se tornando mais do que um lugar para comprar uma casa barata; é um palco onde o sonho de uma nova vida, a paixão por reconstruir e a calorosa hospitalidade italiana se encontram, prometendo transformar um pequeno vilarejo em um lar vibrante para muitos brasileiros.

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