A alta temporada italiana ganhou novos contornos em 2025. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (Istat), o terceiro trimestre do ano – tradicionalmente o mais forte para o turismo – registrou um cenário curioso: menos chegadas, mas mais permanências. Em outras palavras, chegaram um pouco menos viajantes, mas quem veio ficou mais tempo. E isso fez toda a diferença.
Entre julho e setembro, as hospedagens totais no país aumentaram 2,5% em comparação com 2024, enquanto os chegadas caíram 0,9%. O motor desse crescimento não foi o turista italiano, mas sim o visitante internacional, que ganhou espaço nas cidades de arte, nas praias mediterrâneas e nos vilarejos do interior.
O Istat destaca que as presenças de turistas estrangeiros cresceram 5% no trimestre. Em julho, elas ultrapassaram 42,7 milhões, tornando o mês o mais internacional do verão. Já em agosto, tradicionalmente reservado às férias dos italianos, viu-se um fenômeno incomum: embora os italianos tenham diminuído respeito ao ano anterior, os estrangeiros cresceram 3,9% no total de pernoites. Setembro fechou a estação com a maior diferença: 63,4% de todos os turistas eram estrangeiros, consolidando o papel da Itália como destino global em expansão.
Os dados mostram dois ritmos distintos entre hotéis e acomodações alternativas.
Nos hotéis, as presenças cresceram 2,1%, puxadas quase inteiramente pelos estrangeiros. A permanência média foi de 3,64 noites. Já nos extra-hoteleiros – agriturismi, B&Bs e apartamentos turísticos – o aumento foi ainda maior (+3%), com estadias médias acima de cinco noites. Em setembro, o segmento brilhou: +7,4% de presenças, sinal de que o turismo lento e mais imersivo continua a conquistar viajantes.
Somando também junho, o Istat aponta que a temporada fechou em alta: chegadas, +0,2%; presenças, +4%; estrangeiros, verdadeiro motor da recuperação, com +4,3% de chegadas e +8,3% de hospedagens. Quanto aos italianos teve uma quedas em chegadas (-4,8%) e estabilidade em presenças (-0,8%) Mais da metade dos turistas que dormiram na Itália no verão eram estrangeiros: 54,7%, contra 52,5% no ano anterior. Uma confirmação: o charme italiano continua irresistível aos olhos do mundo.
O Brasil segue entre os mercados mais apaixonados pela Itália, e a tendência internacional de viagens mais longas favorece quem busca experiências autênticas, regionais e menos apressadas. Com cidades cada vez mais preparadas para acolher turistas internacionais, o verão de 2026 promete continuar aquecido e ainda mais diverso. A Itália pode até ter recebido menos visitantes no início, mas quem chegou decidiu ficar, viver e aproveitar. E isso diz muito sobre o poder inesgotável do Belpaese.
Turismo na Itália cresceu no verão de 2025, impulsionado por visitantes estrangeiros

