Milão lidera o consumo cultural na Itália: na cidade 13% de todo o gasto nacional

Milão não é apenas moda, design e negócios: é também a capital italiana dos consumos culturais. Segundo o Observatório da Associação Italiana de Editores (AIE), apresentado durante a BookCity Milano, a cidade concentra 13% de todo o gasto nacional em cultura. 



Em 2024, o faturamento com eventos culturais, visitas a museus e compra de livros chegou a 542,2 milhões de euros. Se incluirmos também os eventos esportivos e de entretenimento, o total sobe para 781,4 milhões de euros, confirmando Milão como o grande motor cultural da Itália.

A cidade vive um verdadeiro turbilhão cultural: são cerca de 100 eventos por dia e 19,6 milhões de espectadores por ano, um aumento de 2% em relação a 2023. Entre os principais gastos dos milaneses, o futebol ainda lidera (174,8 milhões de euros), seguido pela compra de livros (156,3 milhões) e pelos grandes concertos de música pop e rock (148,9 milhões).

Mas o dado mais curioso vem do setor das artes visuais e da leitura: os museus arrecadaram 53,3 milhões de euros (+10,4%), enquanto as mostras cresceram quase 20%, movimentando 16,2 milhões. As visitas aos museus chegaram a quase 6 milhões, e as mostras receberam 1,5 milhão de visitantes. Números que mostram como o público está cada vez mais interessado em cultura.

Ao contrário do que acontece em boa parte da Itália, Milão registra aumento na venda de livros (+0,7%) e abertura de novas livrarias: são 190 em 2024, contra 180 no ano anterior. 

Também cresceu o número de usuários do sistema de bibliotecas (+4%), com destaque para os jovens abaixo de 18 anos, que aumentaram em 20%. Como resultado, os empréstimos de livros chegaram a quase 1 milhão, e cada usuário lê, em média, 13 livros por ano, número que sobe para 20 entre os maiores de 65 anos. 



Com números que impressionam e uma programação cultural constante, Milão se consolida como um exemplo de cidade que vive e investe em cultura.