Na manhã desta segunda-feira, 2 de junho de 2025, o Monte Etna, localizado na ilha italiana da Sicília, entrou em erupção, lançando uma imensa nuvem de cinzas e gases a vários quilômetros de altura. O fenômeno foi causado por um fluxo piroclástico, provavelmente resultante do colapso de material no flanco norte da cratera sudeste, conforme informado pelo Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) do Observatório Etneo de Catânia. Observações preliminares indicam que o material quente não ultrapassou a borda do Vale do Leão.
Simultaneamente, a atividade explosiva da cratera sudeste evoluiu para uma fonte de lava, com o tremor vulcânico atingindo valores muito altos. O centroide das fontes está localizado na área da cratera sudeste. A erupção, caracterizada inicialmente por atividade estromboliana, transformou-se em uma fonte de lava, produzindo uma nuvem eruptiva visível a grandes distâncias.
Imagens e vídeos do evento rapidamente se espalharam pelas redes sociais, mostrando turistas e moradores observando o espetáculo natural. Apesar da intensidade da erupção, esta é a décima quarta fase eruptiva do Etna nos últimos meses e, até o momento, não causou danos significativos. O Aeroporto de Catânia permaneceu operacional, embora tenha sido emitido um alerta vermelho para a aviação (VONA).
O presidente da Região da Sicília, Renato Schifani, afirmou que está acompanhando de perto a situação por meio da Proteção Civil regional. Ele garantiu que, até o momento, não há perigo para a população. “O colapso parcial da cratera sudeste, que gerou uma imponente nuvem eruptiva a vários quilômetros de altura e um fluxo piroclástico, representa um fenômeno que estamos acompanhando com extrema cautela”, declarou Schifani. O chefe regional da Proteção Civil, Salvo Cocina, recomendou “máxima precaução aos excursionistas” e “evitar a zona do cume do vulcão até novo aviso, tendo em conta a potencial evolução do fenômeno”.
O Monte Etna, o vulcão ativo mais alto da Europa, com cerca de 3.400 metros de altitude, é conhecido por suas frequentes erupções. A atual atividade serve como um lembrete da força da natureza e da importância de respeitar as orientações das autoridades locais para garantir a segurança de todos.