Era uma vez uma turista, um mar agitado e… uma selfie quase fatal. Em Vernazza, pérola das Cinque Terre, uma jovem de 22 anos decidiu eternizar o verão com uma foto dramática no píer — em plena tempestade marítima. Resultado? Foi arrastada por uma onda e só não virou manchete trágica porque um garçom-herói (sim, do restaurante Belforte) mergulhou sem pensar duas vezes para salvá-la. Agora, a cidadezinha encantadora decidiu agir: selfies em áreas de risco estão oficialmente proibidas.
Sim, você leu certo. A partir de agora, posar perigosamente para as redes sociais pode render multa — além de um bom puxão de orelha das autoridades locais. A nova lei municipal veta fotos em pontos como píeres, falésias e trilhas expostas, lugares onde turistas costumam desafiar a lógica e a meteorologia por alguns likes a mais. A prefeitura cansou de sinalizações ignoradas, bandeiras vermelhas que viram cenário e cordas de segurança tratadas como decoração.
“Adotamos tudo o que podíamos. Agora é multa mesmo”, declarou o prefeito Marco Fanelli, que agradeceu o resgate e chamou os socorristas de “heróis da vida real”. A turista, felizmente, está bem. O susto virou símbolo de uma crise maior: a obsessão pelo clique perfeito, mesmo à beira do desastre.
Com a reabertura da famosa Via dell’Amore e o boom do turismo pós-pandemia, outras cidades da Ligúria como Monterosso e Riomaggiore também estudam banir selfies em zonas perigosas. A lição? Vernazza continua linda, mas não é cenário de filme de ação. Para quem insiste em desafiar o mar por uma foto épica, fica o aviso: o único “mergulho” permitido agora é no pesto.