Roma confirma-se cada vez mais como capital da hospitalidade de luxo. Nos últimos meses foram anunciados 14 novos hotéis cinco estrelas, com um plano de investimentos que ultrapassa os 400 milhões de euros, marcando um ponto de viragem para o turismo de alto padrão na cidade eterna.
De acordo com dados divulgados por operadores e associações do setor, a maioria das novas aberturas envolve palácios históricos do centro transformados em boutique hotels e resorts urbanos, em linha com a crescente procura por experiências exclusivas e personalizadas. Marcas internacionais e grupos italianos apostaram com firmeza em Roma, atraídos por uma combinação única de arte, cultura, lifestyle e potencial de mercado.
O contexto: turismo em crescimento e procura premium
Em 2024 Roma registou um recorde de presenças, impulsionado tanto pelo turismo internacional como pelos eventos culturais e religiosos. O apelo da cidade, aliado à perspectiva do Jubileu 2025, incentivou os investimentos, com o objetivo de captar um fluxo cada vez maior de viajantes de alto poder aquisitivo.
O segmento de luxo representa hoje um dos principais motores da economia turística romana: a estadia média dos visitantes de alto padrão supera três dias, com uma despesa per capita mais de 40% superior à dos turistas tradicionais.
Oportunidades e desafios
Os mais de 400 milhões de euros mobilizados não significam apenas novos quartos cinco estrelas, mas também postos de trabalho qualificados nos setores da hotelaria, restauração e serviços relacionados. Os operadores estimam que a fase inicial possa gerar mais de 1.500 empregos diretos e indiretos.
O desafio, no entanto, será manter o equilíbrio entre o desenvolvimento turístico e a qualidade de vida dos residentes, com atenção à sustentabilidade, mobilidade e regeneração urbana. Alguns projetos visam precisamente devolver valor a imóveis em desuso ou subutilizados, contribuindo para a recuperação do património arquitetônico.
Roma capital do luxo
Com estas novas aberturas, Roma candidata-se a tornar-se um hub do turismo de luxo ao nível de Paris, Londres e Dubai. Não apenas uma cidade de arte, mas um destino global capaz de conjugar tradição e modernidade, exclusividade e hospitalidade.
Se o desafio for vencido, a cidade eterna poderá realmente ostentar o título de “cidade cinco estrelas”, não apenas pelos seus hotéis, mas por todo o ecossistema turístico e económico que os sustenta.