ter. set 9th, 2025

Pet Economy: quanto custa cuidar dos nossos bichinhos na Itália e no Brasil?

Na Itália, os pets são praticamente membros oficiais da família. Uma pesquisa do centro de estudos Nomisma para UniSalute revelou que os italianos gastam, em média, 900 euros por ano (cerca de R$ 5.400) com cães, gatos e outros animais domésticos. Isso significa algo em torno de 75 euros por mês (R$ 450).

O maior peso no bolso? As consultas e tratamentos veterinários, que chegam a quase 380 euros anuais (R$ 2.300). O restante fica dividido entre ração, brinquedos e acessórios.

Mas como isso se compara à realidade brasileira?

De acordo com a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), o mercado pet brasileiro faturou R$ 76,3 bilhões em 2024, um crescimento de 10,6% em relação a 2023. Isso mantém o Brasil como o terceiro maior mercado pet do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e China.

No bolso do tutor brasileiro, isso se traduz em uma média de R$ 350 a R$ 400 por mês por animal, algo entre R$ 4.200 e R$ 4.800 por ano. Ou seja, números muito próximos aos da Itália, mas em um contexto de renda média bem mais baixa.

Assim como lá fora, a maior parte dos gastos está ligada a alimentação e saúde veterinária. Uma consulta de rotina pode custar de R$ 150 a R$ 300, enquanto exames e cirurgias mais complexas ultrapassam facilmente os R$ 2.000. A prevenção, tanto na Itália quanto no Brasil, ainda deixa a desejar: muitos tutores só procuram o veterinário quando já existe um problema.

Na Itália, a pesquisa mostrou que 53% dos donos já conhecem os seguros de saúde para pets e 22% já contrataram algum plano. Outros 58% se dizem dispostos a contratar nos próximos 12 meses.

No Brasil, o mercado ainda é tímido. Apesar do crescimento, estima-se que menos de 5% dos animais domésticos tenham algum tipo de plano de saúde veterinário. Os preços variam bastante: planos básicos começam em R$ 50 mensais, mas os mais completos podem ultrapassar os R$ 250.

Assim como os italianos, os brasileiros veem valor em serviços como atendimento 24 horas, consultas domiciliares e descontos em medicamentos, mas o peso no orçamento ainda é o principal freio.

Compartilhar:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *