Comprar imóveis sempre foi um dos investimentos preferidos dos italianos. E não é diferente para os descendentes espalhados pelo mundo: para muitos ítalo-brasileiros, ter um apartamento na Itália significa unir rentabilidade e raízes familiares. Mas será que ainda vale a pena?
Segundo o portal especializado Idealista, o rendimento bruto médio de um imóvel na Itália em 2025 é de 5,9%. Isso significa que, em média, um apartamento alugado gera quase 6% ao ano em relação ao valor de compra. Os números variam bastante de cidade para cidade: Gênova, até 7,7% de rendimento; Palermo, cerca de 7,5%; Messina, 7,3%; Bari, 7,1%; Nápoles, 6,5%; Roma, 5,2% (menor que a média, mas com forte valorização no longo prazo); Milão, 4,9% (rendimento menor, porém com preços em constante crescimento).
Se a ideia não é apenas o aluguel, mas sim a valorização do imóvel, Milão continua sendo a campeã. Desde o fim dos anos 1990, os preços dos imóveis na capital lombarda mais que dobraram. Em 2024, o preço médio por metro quadrado em Milão já ultrapassava os 5.200 euros, contra uma média nacional de cerca de 1.950 euros.
Outras cidades em destaque são Bolonha, com crescimento acima de 70% em 20 anos, muito ligada à presença universitária e à indústria; Florença, pela valorização contínua graças ao turismo internacional; e Trento e Bolzano, cidades do norte com alta qualidade de vida, imóveis em média acima dos 3.500 euros por metro quadrado.
Quem busca opções mais acessíveis encontra boas oportunidades no sul: Palermo, com uma média de 1.300 euros por metro quadrado e forte demanda turística; Bari, com cerca de 1.700 euros por metro quadrado e crescimento constante no setor de serviços e logística; e Catânia, com 1.200 euros por metro quadrado e mercado estudantil aquecido pela universidade. Essas cidades permitem investir com aportes menores e ainda garantir boa rentabilidade com aluguel de curta duração (Airbnb, turistas, estudantes).Ou seja, o “tijolo italiano” continua sendo um investimento seguro, mas o segredo está em escolher entre rendimento imediato ou valorização futura.
Resumindo: qual cidade vale mais a pena para quem?
Para quem busca renda recorrente, cidades como Palermo, Gênova e Bari oferecem os melhores retornos. Para quem pensa em valorização patrimonial, Milão e Bolonha são escolhas sólidas. Para quem procura vínculo cultural, o sul da Itália pode ser mais atraente – preços acessíveis e forte ligação emocional com as origens.
