Não há vitrine. Não há placa. Apenas uma campainha em um prédio antigo do bairro do Oltrarno. Entrar na oficina de Giuliano Ricchi é atravessar um limiar invisível entre a Florença turística e a Florença que ainda cria com as mãos.
Giuliano começou aos quinze anos, em 1962, como aprendiz do mestre Carlo Cecchi. Mais de sessenta anos depois, continua trabalhando no mesmo lugar, com as mesmas máquinas antigas, usando técnicas renascentistas como a cera perdida, inspiradas em Benvenuto Cellini. Cada peça nasce do latão e é depois banhada em prata pura ou ouro 18 quilates, sempre à mão.
Sem buscar fama, Giuliano acabou se tornando um fenômeno nas redes sociais. Seus vídeos no Instagram e no TikTok, mostrando gestos antigos e processos artesanais, conquistaram milhões de pessoas no mundo todo. Da oficina silenciosa à vitrine digital global, sem perder autenticidade.
Hoje, suas criações estão em casas históricas, lojas de luxo e coleções internacionais. Mas a essência permanece a mesma: tempo, precisão e respeito absoluto pela matéria. Em sua oficina, Florença não se exibe. Florença trabalha.
Serviço:
Bottega Carlo Cecchi – Giuliano Ricchi
Piazza Santo Spirito 12, Firenze
