A Moncler, fundada em 1952 por René Ramillon e André Vincent em Monestier-de-Clermont, perto de Grenoble, na França, nasceu como uma empresa especializada em equipamentos de montanha: sacos de dormir, capas e tendas inovadoras. O primeiro casaco acolchoado, usado pelos operários, chamou a atenção do alpinista Lionel Terray, que contribuiu para o desenvolvimento da linha “Moncler pour Lionel Terray”. Com o tempo, suas peças passaram a equipar expedições lendárias, como a conquista do K2 em 1954 e a ascensão ao Makalu em 1955, tornando-se também fornecedora oficial da seleção francesa de esqui durante os Jogos Olímpicos de Grenoble em 1968.
Em 1992, a Moncler passou para propriedade italiana e, em 2003, Remo Ruffini, que já atuava como diretor criativo desde 2000, adquiriu a empresa integralmente. Sob sua liderança, a marca foi reposicionada como símbolo de luxo e técnica contemporânea. Em 2018, lançou a Moncler Genius, um projeto inovador que envolve diversos designers, com cápsulas mensais que reinterpretam a identidade da Moncler.
Atualmente, a Moncler é uma companhia listada no índice FTSE MIB da Bolsa de Valores Italiana. Um marco importante foi a aquisição da Stone Island em dezembro de 2020, por 1,15 bilhão de euros, concluída em março de 2021, quando a marca passou a integrar o grupo. A família Rivetti, histórica proprietária da Stone Island, também ingressou na holding de controle.
Remo Ruffini, nascido em Como em 1961, cresceu em uma família já atuante no setor têxtil e de vestuário: o pai era dono de uma empresa em Nova York e a mãe também trabalhava na área. Após experiências empreendedoras na Itália (entre elas a empresa New England, vendida ao Grupo Stefanel em 2000), Ruffini concentrou-se na Moncler, da qual se tornou diretor criativo e posteriormente proprietário.
