ter. nov 25th, 2025

Milão redesenha seu welfare após boom de idosos, solteiros e imigrantes

Milão está mudando rapidamente e, com ela, os desafios sociais que exigem novas respostas. A cidade tem cada vez mais moradores solteiros, idosos, estrangeiros e pessoas que vivem sem autonomia, um quadro que pressiona o sistema de assistência e torna urgente uma reorganização profunda do welfare. Por isso, o Conselho Municipal aprovou o novo Plano de Desenvolvimento do Bem Estar Social, válido para 2025 a 2027.

Segundo o município, Milão envelhece e se transforma. Os maiores de 65 anos representam 20% da população e a idade média chegou a 46 anos. A queda na natalidade e o aumento da longevidade envolvem também quem não tem cidadania italiana. Já os estrangeiros são hoje 21% dos residentes, quase o triplo de duas décadas atrás.

O plano identifica quatro eixos prioritários: proteção dos mais frágeis, diversidade de serviços, acesso às oportunidades e enfrentamento da solidão por meio de redes de apoio. A cidade gastou 1,2 bilhão de euros em welfare nos últimos quatro anos e prevê superar 260 milhões em 2026.

O alerta mais grave recai sobre a não autonomia. Cerca de 78 mil idosos vivem nessa condição e 70% são mulheres. O cuidado recai majoritariamente sobre familiares, enquanto cresce o número de pessoas que moram sozinhas, hoje 57% dos lares. Paralelamente, aumentam quadros de depressão, desigualdade e o empobrecimento de famílias com crianças.

Milão, que se orgulha de sua modernidade e dinamismo econômico, agora se vê diante da necessidade de construir um welfare de proximidade capaz de acompanhar uma metrópole que envelhece, se diversifica e demanda soluções sociais mais amplas e inclusivas.

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