Os mercados mais fascinantes do mundo: uma viagem entre tradição, sabores e identidade
Não existe cidade que não tenha confiado a um mercado a missão de guardar a alma do seu povo. Entre barracas e aromas se condensam arquiteturas, cores, gestos e tradições que revelam mais do que qualquer guia turístico. Foi nesses lugares que o Financial Times identificou os melhores mercados do planeta, de Taiwan a Oaxaca, com uma menção especial para a Itália.
A Itália protagonista: Palermo e Livorno
Entre os mercados que brilham internacionalmente, duas joias italianas se destacam:
• O Mercado do Capo, em Palermo, coração pulsante da cidade, é um caleidoscópio de vozes e aromas. Ali é impossível resistir ao sfincione, clássico street food palermitano, feito com pão macio coberto por molho de tomate, cebola, anchovas, orégano e queijo siciliano.
• O Mercato delle Vettovaglie, em Livorno, instalado em uma imponente estrutura em estilo Liberty, celebra a tradição local: da famosa torta de grão-de-bico aos branquíssimos ovos das galinhas livornesas, é parada obrigatória para quem visita a cidade.
Dois mercados que confirmam como a Itália transforma cada praça de alimentos em um museu vivo de cultura e gastronomia.
Austrália e Brasil: mercados distantes, mas próximos da alma
Na Austrália, o Mercado da Rainha Vitória, em Melbourne, recebe milhões de visitantes todos os anos, enquanto em Adelaide e Sydney a fusão entre a cozinha asiática e os sabores do oceano se destaca.
E no Brasil, os mercados não ficam atrás. Em São Paulo, o famoso Mercadão acolhe visitantes entre vitrais coloridos e aromas intensos, tendo como estrela o lendário sanduíche de mortadela. Já em Belém do Pará, o Mercado Ver-o-Peso – o maior mercado a céu aberto da América do Sul – traduz a riqueza da Amazônia, entre frutas exóticas, peixes de rio e especiarias regionais.
Dos becos de Palermo aos corredores movimentados de Tóquio, dos sabores tropicais do Brasil aos perfumes apimentados de Delhi, os mercados permanecem como mapas vivos da identidade dos povos. Não são apenas locais de troca, mas verdadeiros teatros da memória coletiva, onde cada mordida é um fragmento de história.
