ter. nov 25th, 2025

Itália perde posições no ranking climático e liga alerta na COP30

A crise climática ganhou um capitulo especial em Belém, durante a COP30, e a Itália chegou com uma notícia pouco animadora. O país caiu pela terceira vez consecutiva no Climate Change Performance Index, elaborado pela ONG Germanwatch.

Agora ocupa o 46º lugar entre 63 nações avaliadas, uma posição que contrasta com a tradição italiana de inovação ambiental e ambições europeias. Só três anos atrás o país estava 17 posições acima.

O relatório analisa emissões, renováveis, eficiência energética e qualidade das políticas públicas. É justamente aqui que a Itália sofre. A atualização do Plano Nacional Integrado de Energia e Clima indica cortes de emissões insuficientes até 2030, bem abaixo da meta europeia de 55 por cento.

A fotografia que emerge é a de um país que avança devagar, com políticas fragmentadas e dependência crescente de combustíveis fósseis importados.

Na COP30 o contraste salta aos olhos. A Dinamarca mantém a liderança graças ao investimento no eólico offshore e a transição energética acelerada. O Reino Unido é destacado pelo abandono do carvão. O Marrocos surpreende ao conquistar o sexto lugar com transporte público robusto e emissões baixas.

No lado oposto estão Rússia, Estados Unidos, Irã e Arábia Saudita, grandes emissores crônicos. A China sobe apenas um degrau e a Índia cai de forma brusca devido a novas térmicas a carvão.

Dentro da União Europeia o desempenho também divide. A Espanha avança e aparece entre as melhores, enquanto a Alemanha despenca por apostar em novas infraestruturas para o gás. O bloco como um todo perde três posições.

Para Legambiente e outros analistas, a leitura é clara: a Itália precisa de uma virada real. Investimentos em energias limpas, redes inteligentes, armazenamento e eficiência podem transformar o país em um hub renovável do Mediterrâneo.

Mas sem uma estratégia coordenada, baseada em visão de longo prazo, o risco é permanecer entre as nações que reagem tarde e avançam pouco, mesmo enquanto o mundo acelera sua corrida para limitar o aquecimento global.

Compartilhar:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *