qua. nov 5th, 2025

Itália de olho no Mercosul: exportações crescem e expectativa aumenta com novo acordo comercial

O comércio exterior da Itália vive um momento de fôlego renovado, e a América Latina está cada vez mais no radar. Em setembro de 2025, as exportações italianas para fora da União Europeia subiram 5,9% em relação a agosto, impulsionadas especialmente pelos bens de capital (como equipamentos industriais e navios) e pelos produtos de consumo não duráveis, aqueles que fazem parte do dia a dia, da moda à gastronomia.

Na prática, a região do Mercosul – que inclui Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia – segue ganhando peso na balança comercial italiana. A Itália continua ampliando suas vendas de bens intermediários e industriais, enquanto cresce também o interesse pelos produtos latino-americanos, especialmente os ligados à energia e à indústria de base.

O dado mais simbólico vem do conjunto dos países fora da União Europeia: o superávit comercial italiano chegou a 2,7 bilhões de euros, mostrando força mesmo em um cenário global desafiador. Nos nove primeiros meses de 2025, as exportações subiram 2,6%, mas as importações avançaram ainda mais (+9%), refletindo a recuperação da demanda mundial e o aumento das compras de produtos não duráveis.

E enquanto a economia real avança, cresce também a expectativa pela assinatura definitiva do acordo entre a União Europeia e o Mercosul. O pacto, que está em fase final de negociações, promete reduzir tarifas e barreiras comerciais em diversos setores, garantindo um impulso enorme para o Made in Italy, que poderá chegar ao público latino-americano com preços mais competitivos e acessíveis, especialmente no Brasil, onde o interesse por produtos italianos – do design à alimentação – é cada vez maior.

Entre um vinho italiano e um pão de queijo mineiro, o cenário que se desenha é de trocas mais intensas e produtivas entre os dois lados do Atlântico. A economia italiana se aquece, o Mercosul abre novas portas, e 2026 pode marcar o início de uma nova fase dourada no relacionamento comercial entre Roma e Brasília. Com sabor de prosperidade compartilhada e uma pitada de dolce vita.
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