A história da Alitalia – e hoje da ITA Airways – não se resume a rotas e destinos. Ela também foi escrita na linguagem da elegância. Desde os anos 1950, os uniformes de suas tripulações refletiram não apenas o estilo de cada época, mas também o espírito da Itália: um país em constante transformação, que fez da moda uma forma de identidade cultural. Muito além de simples roupas de trabalho, esses uniformes foram ícones de representação, narrando a passagem da opulência do pós-guerra ao minimalismo contemporâneo e transformando cada voo em uma experiência de estilo.
1950 – Irmãs Fontana
A primeira assinatura de alta-costura nas alturas. Tailleurs estruturados, acompanhados de chapéu, traduziram a feminilidade elegante do pós-guerra, com a sofisticação que só as Fontana podiam oferecer.
1960 – Delia Biagiotti
Na Itália do boom econômico, surgiram linhas modernas e dinâmicas, adaptadas ao ritmo acelerado de uma nova era do voo.
1966 – Tita Rossi
O essencial ganhou protagonismo. Modelos práticos, pensados para facilitar o movimento das aeromoças, sem abrir mão da elegância.
1969 e 1972 – Mila Schön
A virada minimalista. Geometrias, cores sólidas e linhas limpas que capturavam o frescor moderno dos anos 1970.
1973 – Alberto Fabiani
A vez do tailleur com calça. Uma elegância burguesa e sóbria, em perfeita sintonia com a afirmação da mulher contemporânea.
1975 e 1980 – Florence Marzotto
Um toque de luxo sofisticado invadiu a cabine: tecidos refinados, cortes suaves e cores requintadas.
1986 – Renato Balestra
O “blu Balestra” brilhou nos ares. Vibrante e glamouroso, trouxe uma imagem internacional e carismática para a companhia.
1991 – Giorgio Armani
Cinzas, beges, linhas fluidas: a assinatura de Armani foi sinônimo de classe discreta e atemporal, transformando aeromoças em ícones de estilo silencioso.
1998 – Mondrian
Experimental e ousado, inspirado no rigor artístico e geométrico. Um uniforme que se tornou inesquecível.
2016 – Ettore Billotta
Um olhar retrô com toque contemporâneo: bordô e verde em tailleurs sofisticados, chapéus estruturados e uma volta à elegância tradicional.
2018 – Alberta Ferretti
A leveza em movimento. Linhas fluidas, seda azul-marinho e detalhes prateados, desenhados para uma elegância que atravessa o tempo.
2022 – Brunello Cucinelli para a ITA Airways
Na transição para a nova companhia, sobriedade e excelência sartorial. Paleta neutra, materiais nobres e a visão ética de Cucinelli: o luxo discreto como nova forma de distinção.