dom. dez 14th, 2025

As melhores escolas da Itália em 2025: o mapa dos licei que mais preparam para a universidade



A cada ano, quando sai o ranking Eduscopio da Fundação Agnelli, a Itália volta a discutir um de seus maiores orgulhos nacionais: a qualidade da escola pública, especialmente dos licei, percurso acadêmico que prepara os estudantes diretamente para a universidade.

A edição 2025 confirma um panorama vibrante, feito de excelência distribuída entre grandes cidades e pequenas joias do interior e oferece ao público brasileiro uma visão clara de como funciona o ensino médio italiano.

A melhor escola pública do país é o Liceo Giovanni Battista Ferrari, em Este (Pádua), um liceo científico de Ciências Aplicadas que atingiu 94,45/100. Nas cidades menores, surgem outros destaques como o Giovenale Ancina (Fossano, Cuneo) e o Giorgio Dal Piaz (Feltre), confirmando a força das províncias italianas na formação pré-universitária.

Nas grandes capitais, Roma se destaca com o clássico Visconti e o científico Righi, dois nomes históricos que seguem dominando o cenário nacional. Já em Milão, tradição e inovação caminham juntas com o Berchet (clássico) e o Volta (científico), enquanto na Brianza o Marie Curie de Meda surpreende ao superar muitos colégios do centro.

Em Nápoles, o melhor liceo clássico é o Convitto Vittorio Emanuele II, que também lidera entre os científicos. No panorama partenopeu aparecem ainda o Jacopo Sannazzaro, o Piero Calamandrei, o científico Giuseppe Mercalli e instituições de excelência nas áreas artísticas e linguísticas como o Suor Orsola Benincasa e o Caselli-Palizzi, evidenciando a vitalidade educacional do Sul.

O Eduscopio analisa o desempenho de 1,35 milhão de estudantes formados entre 2020 e 2022 – anos marcados pelo ensino remoto – avaliando média de notas, número de exames universitários concluídos, empregabilidade e coerência entre estudo e trabalho.

Em 2025, pela primeira vez, foram comparados também os formados no percurso experimental de quatro anos, que apresentaram desempenho inferior no primeiro ano universitário em relação ao modelo tradicional de cinco anos.

Além de orientar famílias italianas, o ranking é valioso para brasileiros com cidadania italiana ou interessados em estudar na Itália, oferecendo um retrato claro das escolas que mais preparam para o futuro acadêmico e profissional.

Entre norte e sul, metrópoles e cidades de montanha, uma certeza se confirma: a escola pública italiana continua sendo o coração formador da excelência acadêmica do país.

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