
“Por isso sonho com uma ponte também para os jovens no Brasil, para que os nossos e os jovens brasileiros possam criar startups irmãs, em um benefício mútuo que envolva cultura, turismo e enogastronomia. Gostaria que essa ponte nascesse para desenvolver novas ideias, novos projetos, aproveitando as tecnologias, a internet e a inteligência artificial, de um modo que seja simplesmente maravilhoso”, acrescenta.
Essas palavras resumem perfeitamente uma visão que vai muito além da sala de aula: criar uma ligação viva entre o Salento e o Brasil, feita de pessoas, talentos e oportunidades. Com mais de 215 milhões de consumidores e uma paixão consolidada pela Itália, o Brasil representa hoje um oceano de oportunidades para quem sabe apresentar o autêntico Salento.
E, como lembra Manni, não se trata apenas de produtos: é inovação, cultura e tecnologia. Startups “irmãs” entre jovens italianos e brasileiros poderiam desenvolver projetos conjuntos em turismo sustentável, gastronomia digital e marketing territorial, valorizando o “made in Salento” com ferramentas da era da inteligência artificial.
Palavras modernas que escondem uma ligação antiga. Desde o início do século XX, centenas de salentinos emigraram para o Brasil, levando consigo dialetos, receitas e valores. Muitos se estabeleceram em São Paulo, Rio de Janeiro e no Sul do país, contribuindo para formar uma das maiores comunidades ítalo-brasileiras do mundo.
Hoje, os descendentes dessa diáspora olham de volta para o Salento com curiosidade e orgulho. E por que não transformar esse laço emocional em uma relação econômica virtuosa, baseada em confiança, afinidade cultural e qualidade?
O sonho de Daniele Manni é, no fundo, o de muitos: ver o Salento e o Brasil caminhando juntos, unindo tradição e tecnologia, criatividade e sabor. Duas terras ensolaradas que, unidas, podem brilhar ainda mais.
