O Parlamento italiano aprovou nesta segunda-feira a polêmica Reforma Trabalhista, proposta pelo governo Meloni, que flexibiliza as regras de demissão e incentiva contratos temporários. A decisão gerou reações imediatas: sindicatos convocaram greves gerais, enquanto empresários comemoram a medida como “um passo para a modernização”.
O Que Muda com a Nova Lei?
A reforma, aprovada por estreita maioria, inclui:
✔ Redução da burocracia para demissões em empresas com mais de 15 funcionários.
✔ Incentivos fiscais para empresas que contratarem jovens em regime de “contrato de formação”.
✔ Limitação do direito à reintegração em casos de demissão considerada injusta.
O governo argumenta que a medida vai “estimular empregos e atrair investidores”, mas críticos afirmam que ela “precariza o trabalho e beneficia apenas grandes corporações”.
Protestos nas Principais Cidades
Horas após a votação, milhares de pessoas foram às ruas em Roma, Gênova e Bolonha, com sindicatos como a CGIL anunciando uma greve nacional para a próxima semana. “É um ataque aos direitos dos trabalhadores”, disse Maurizio Landini, líder da CGIL.
Já a Confindustria (associação de empresários) elogiou a reforma, dizendo que ela “tira a Itália do atraso competitivo”.
Impacto Político
A aprovação da reforma pode ser uma vitória frágil para Meloni:
- A Lega e parte do centrodireita apoiaram, mas com ressalvas.
- A oposição (PD e M5S) promete levar a lei ao Tribunal Constitucional.
- Pesquisas mostram que 55% dos italianos desaprovam a mudança.
Próximos Passos
A reforma entra em vigor em junho de 2025, mas a tensão social deve crescer. Especialistas alertam para possíveis consequências eleitorais se o descontentamento popular aumentar.