sáb. set 27th, 2025

As freiras de clausura no Vaticano: Vidas invisíveis a poucos metros da Praça de São Pedro

Enquanto milhares de turistas tiram fotos na Praça de São Pedro e peregrinos se aglomeram nas basílicas, a poucos metros dessa multidão vivem mulheres que escolheram o silêncio e a invisibilidade. São as freiras de clausura no Vaticano, uma presença discreta e pouco conhecida, que guarda uma tradição antiga no coração da cristandade.

A comunidade mais conhecida é a das clarissas franciscanas que habitam o mosteiro Mater Ecclesiae, fundado por João Paulo II em 1994 nos Jardins Vaticanos. Ali, as religiosas rezam, trabalham, cultivam uma pequena horta e vivem segundo a regra monástica, separadas do mundo exterior, ainda que no centro simbólico da Igreja universal.

A missão delas é a oração contínua: um apoio silencioso ao Papa e à Cúria. Cada dia é marcado pela liturgia das horas, pelo trabalho manual e por momentos de meditação. Longe dos holofotes, não concedem entrevistas nem participam de eventos públicos, mas são consideradas um “pulmão espiritual” para quem governa a Igreja.

As vidas dessas mulheres permanecem invisíveis aos olhos da maioria dos visitantes. Enquanto do lado de fora ecoam idiomas de todos os continentes, atrás dos muros do mosteiro respira-se um tempo diferente, feito de oração, silêncio e comunidade. Um paradoxo fascinante: no lugar mais exposto do mundo, existe um recanto oculto de contemplação absoluta.

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