Turismo náutico em alta: marinas italianas viram destino de sonho entre glamour, história e novos investimentos

Os portos turísticos italianos continuam surfando em 2025 a onda de sucesso que já dura cinco anos seguidos. De acordo com a Assomarinas – associação que reúne 101 marinas no país – todos os indicadores do setor estão em crescimento.
Os números falam por si: os contratos de longa duração para vagas aumentaram 2,3%, as paradas temporárias 3,5%, os serviços de manutenção 2,6% e até a venda de combustíveis subiu 2,2%. O aluguel de barcos e o mercado de usados também vivem um momento de ouro, impulsionados pelo desejo de redescobrir a vida ao ar livre após a pandemia.

Outro fator que movimenta as águas são os superiates: estima-se que cerca de 2.000 embarcações com mais de 30 metros tenham visitado a Itália recentemente, tornando destinos como Ligúria, norte da Sardenha e Golfo de Nápoles verdadeiros pontos de encontro para a elite náutica mundial.

Mas o charme vai muito além: Portofino, antigo vilarejo de pescadores que inspirou escritores como Guy de Maupassant, hoje é sinônimo de glamour. Capri, ligada a ícones como Jackie Kennedy e Sophia Loren, segue atraindo o jet set com festas em cavernas e marinhas secretas. Já Amalfi, patrimônio da Unesco, mistura tradição marítima e dolce vita, celebrada na histórica Regata delle Antiche Repubbliche Marinare.

Até mesmo marinas mais modernas têm histórias próprias, como Porto Cervo, na Sardenha, criado pelo príncipe Karim Aga Khan nos anos 1960, onde todo verão atracam alguns dos maiores iates do mundo, verdadeiros “condomínios flutuantes” de luxo.

E não é só isso: em outubro, Veneza receberá a conferência global da Icomia, reunindo gigantes internacionais interessados em investir nas marinas italianas. Um sinal claro de que o turismo náutico no país não é apenas uma tendência passageira, mas um estilo de vida que promete crescer ainda mais.