sex. set 5th, 2025

Michele Ciacciofera leva a Itália à 36ª Bienal de São Paulo.

De 6 de setembro de 2025 a 11 de janeiro de 2026, o Parque Ibirapuera recebe a 36ª Bienal de São Paulo, uma das mais prestigiadas exposições de arte contemporânea do mundo. Entre mais de 120 artistas internacionais, a Itália terá um único representante: Michele Ciacciofera, com apoio do Instituto Italiano de Cultura de São Paulo.

Uma Bienal inspirada em Conceição Evaristo

Sob o título “Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática”, a Bienal nasce de um verso da escritora brasileira Conceição Evaristo. A curadoria de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung com Alya Sebti, Anna Roberta Goetz, Thiago de Paula Souza e Keyna Eleison propõe reflexões sobre deslocamentos, escuta e convivência, reunindo práticas artísticas de diferentes geografias e trajetórias.

A pesquisa de Ciacciofera

Nascido na Sardenha, em 1969, e atualmente radicado em Paris, Ciacciofera construiu uma carreira marcada por uma poética multidisciplinar, que transita entre escultura, pintura, desenho, som, instalação, vídeo e teatro. Sua produção aborda temas como antropologia, natureza, mitologia, memória, política e meio ambiente, em sintonia com o conceito curatorial da Bienal.

Um percurso internacional

A importância de seu trabalho é evidenciada pela participação em grandes eventos e instituições globais: da 57ª Bienal de Veneza à documenta 14 em Kassel, além de mostras no Musée d’Art Contemporain de Rochechouart, no CAFA Art Museum de Pequim, no Musée des Beaux-Arts de Rennes, no Summerhall em Edimburgo e no Irish Museum of Modern Art em Dublin.

Itália e Brasil em diálogo

A presença de Ciacciofera em São Paulo representa não apenas um reconhecimento artístico, mas também um ponto de encontro entre Itália e Brasil. Seu olhar transdisciplinar, sustentado por sua formação em ciências políticas, pelo interesse em questões ambientais e pela investigação da memória individual, combina pesquisa, ativismo e poesia em experiências que dialogam diretamente com a ideia de uma humanidade em constante movimento.

Na Bienal 2025, Michele Ciacciofera leva a voz italiana para um diálogo universal, reforçando a ponte cultural entre os dois países.

Compartilhar:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *