qui. set 25th, 2025

Ter dinheiro vivo em casa é útil? Para o Banco Central da Europa é necessário em caso de emergência

ByLuiz Antônio Cafiero

25 de setembro de 2025 , ,

Quem aí ainda carrega dinheiro no bolso? Difícil, né? No Brasil de hoje, a maioria sobrevive com cartão, Pix e, quando muito, umas moedinhas esquecidas na carteira. Mas olha só: a recomendação que vem da Europa pode surpreender. Acredite se quiser, o recado da Banca Central Europeia (Bce) é claro: “Keep calm and carry cash” ou, em bom português, mantenha a calma e guarde dinheiro vivo.

Segundo a Bce, em caso de crise, ter um pouco de papel-moeda guardado em casa pode fazer toda a diferença. A recomendação é reservar o suficiente para cobrir necessidades básicas por pelo menos 72 horas. Países como Áustria, Holanda e Finlândia já falam em manter algo entre 70 e 100 euros por pessoa (na conversão de hoje, algo como R$ 400 a R$ 600).

E por que isso tudo? O estudo explica: em pandemias, guerras, blecautes ou crises de dívida, o dinheiro vivo continua sendo a forma mais segura e imediata de pagamento. Não depende de internet, aplicativo ou banco funcionando. Basta abrir a gaveta.

Não é à toa que, durante a pandemia e também após a invasão da Ucrânia pela Rússia, houve um salto gigante na emissão de notas de euro: só em fevereiro de 2022, em países próximos ao conflito, a circulação de dinheiro aumentou em 36% num único mês.

Claro que, para brasileiros, a ideia de ter reservas em casa pode soar até irônica. Afinal, quem consegue deixar R$ 500 “parados”. Mas o recado europeu é válido: em tempos instáveis, o bom e velho dinheiro de papel mostra sua força, não só para comprar pão e agua, mas como pilar de confiança em meio ao caos.

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