No coração de Roma, entre a Piazza Navona e o Pantheon, a Basílica de Santo Agostinho em Campo Marzio volta a ganhar destaque no Jubileu de 2025. Considerada uma das principais igrejas da capital, abriga obras de valor extraordinário: a Madonna dos Peregrinos, de Caravaggio; o profeta Isaías, pintado por Rafael; e a célebre estátua da Madonna do Parto, ligada à devoção das parturientes.
A construção da igreja começou em 1296 e foi concluída entre 1479 e 1481. Seu aspecto atual é fruto de uma longa história de ampliações e decorações, entre as quais se destaca o ciclo pictórico oitocentista de Pietro Gagliardi. Hoje, recebe turistas e peregrinos atraídos por seus tesouros artísticos, que a transformam em um verdadeiro relicário do Renascimento e do Barroco.
Nos últimos anos, a Superintendência Especial de Roma promoveu importantes restaurações, muitas delas com apoio de patrocinadores privados. Entre as intervenções mais relevantes está a da Madonna do Parto, esculpida por Jacopo Tatti, cuja tridimensionalidade havia se perdido após séculos de devoção popular. Graças a uma técnica inovadora desenvolvida em colaboração com a ENEA — baseada em biolimpeza com bactérias selecionadas — a escultura recuperou a cor original do mármore de Carrara.
Também foi restaurado recentemente o afresco de Rafael que retrata o profeta Isaías, devolvido à plena legibilidade após a remoção de eflorescências salinas. Segundo os técnicos, todas as intervenções foram precedidas por detalhadas investigações diagnósticas, garantindo o máximo respeito às superfícies históricas.
Conhecida como a “igreja das obras-primas”, a Basílica de Santo Agostinho confirma-se como um ponto imperdível para quem visita Roma, unindo fé, história e arte em um só lugar.
