A Itália enfrenta mais um período de turbulência política, com rumores de uma possível queda do governo e convocação de eleições antecipadas. A coalizão liderada pela primeira-ministra Giulia Meloni (Fratelli d’Italia) está sob pressão crescente devido a divisões internas e protestos públicos contra medidas de austeridade.
O Que Está Acontecendo?
Nos últimos meses, o governo de direita enfrentou críticas por sua gestão da economia, com o crescimento estagnado e o desemprego juvenil ainda acima de 20%. Além disso, a recente proposta de reforma fiscal – que inclui cortes em serviços sociais – gerou manifestações em várias cidades, incluindo Milão, Nápoles e Turim.
A gota d’água pode ter sido a saída do partido Lega, de Matteo Salvini, da maioria parlamentar, após desentendimentos sobre políticas migratórias e alianças com a União Europeia. Sem o apoio da Lega, Meloni perde a maioria absoluta no Parlamento, aumentando o risco de uma moção de desconfiança.
Próximos Passos
Especialistas políticos sugerem três cenários possíveis:
- Reconstrução da coalizão – Meloni tenta negociar com partidos menores ou até mesmo com a oposição moderada para manter-se no poder.
- Governo técnico – Se o Parlamento não conseguir formar uma nova maioria, o presidente Sergio Mattarella pode nomear um governo temporário para conduzir reformas urgentes.
- Eleições antecipadas – Caso a crise se aprofunde, os italianos podem voltar às urnas antes do previsto, possivelmente em outubro de 2025.
Reações da Oposição
O Partido Democrático (PD), liderado por Elly Schlein, já declarou que “está pronto para novas eleições” e acusa o governo de “fracassar na economia e nos direitos sociais”. Enquanto isso, o Movimento 5 Estrelas (M5S) intensifica críticas à gestão migratória e exige mudanças.
O que Dizem os Italianos?
Nas ruas, a opinião pública está dividida. Alguns apoiam Meloni e pedem “estabilidade”, enquanto outros exigem “mudança imediata”. Uma pesquisa recente do Istituto Piepoli mostra que, se as eleições fossem hoje, a centro-direita ainda lideraria, mas com vantagem reduzida.
O que vem pela frente? Os próximos dias serão decisivos. Se Meloni não conseguir recompor sua base, a Itália pode mergulhar em mais uma crise institucional – a sétima em uma década.
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