ter. nov 18th, 2025

Itália conquista destaque em ranking do Taste Atlas: 5 licores entre os melhores do mundo

ByFrancesco Sibilla

18 de novembro de 2025

A publicação internacional Taste Atlas, conhecida por mapear sabores tradicionais do planeta, divulgou a lista dos dez melhores licores de ervas. O levantamento reúne histórias centenárias, receitas guardadas em segredo e rótulos que se tornaram símbolos culturais de seus países.

No ranking, a Itália aparece em peso com cinco representantes, reforçando seu papel como referência mundial quando o assunto é licor.

Os destaques do ranking

Goldwasser – Polônia

Criado no final do século XVI, em Gdansk, é famoso pelas finas partículas de ouro que flutuam na bebida. Elaborado com 20 ervas e raízes, oferece notas de canela, alcaçuz e hortelã.

Averna – Sicília, Itália

Um dos amargos mais populares da península, surgiu em 1868 e é produzido a partir de dezenas de botânicos combinados com óleos essenciais de limões amargos. Sua fórmula exata nunca foi revelada.

Amargo Ombrero – Argentina

Nascido em Rosario em 1887, tornou-se o licor da classe trabalhadora. Com teor alcoólico em torno de 19%, é tradicionalmente misturado a tônica, refrigerante ou suco de grapefruit para suavizar o amargor.

Chartreuse – França

A receita chegou aos monges cartuxos no século XVIII em forma de manuscrito enigmático. Hoje, a bebida é feita com cerca de 130 ervas diferentes e aparece em duas versões: verde, mais intensa, e amarela, mais suave.

Strega – Campânia, Itália

Criado em Benevento, cidade associada a lendas de bruxas, reúne mais de 70 ervas aromáticas. Além de ícone cultural, dá nome a um dos prêmios literários mais prestigiados da Itália.

Tentura – Grécia

Especialidade típica da cidade de Patras, é feita com conhaque ou rum infusionado com canela, cravo, noz-moscada e frutas cítricas. De sabor quente e adocicado, pode ser servida pura, com gelo ou em coquetéis.

Amaro Lucano – Basilicata, Itália

Criado em 1894 por Pasquale Vena, traz mais de 30 ingredientes na composição. Tornou-se célebre ao receber o título de fornecedor oficial da Casa de Savoia, honra que ainda estampa seu rótulo.

Amaro Bràulio – Lombardia, Itália

Produzido em Bormio desde 1875, combina ervas e raízes alpinas e passa dois anos maturando em barris de carvalho. O resultado é um amargo de coloração âmbar, com notas herbais e especiadas.

Amaro Montenegro – Emilia-Romagna, Itália

Criado em 1885, é um dos licores mais exportados da Itália. A receita combina 40 botânicos de várias partes do mundo. O nome é uma homenagem à princesa Elena de Montenegro, esposa do rei Vittorio Emanuele III.

Ratafia Catalã – Espanha

Tradicional da Catalunha, é preparada com nozes verdes, frutas e ervas aromáticas, envelhecendo em barris de carvalho. Seu consumo está ligado às festividades de São João.

Tradição italiana em evidência

Com Averna, Strega, Lucano, Bràulio e Montenegro, a Itália aparece como a grande vencedora simbólica da lista. Cada rótulo traz consigo não apenas sabores complexos, mas também séculos de história e tradição regional, mostrando por que o país segue sendo referência quando o assunto é licor de ervas.



Compartilhar:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *