sex. set 26th, 2025

Rembrandt em terras brasileiras: arte, história e emoção em 69 gravuras

ByFrancesco Sibilla

24 de setembro de 2025 , ,

Uma mostra extraordinária de Rembrandt está prestes a atracar no Brasil: 69 gravuras originais — em sua maioria feitas em água-forte — que revelam o gênio do mestre holandês através de jogos de luz, sombra e narrativas visuais.

Itinerário brasileiro

A aventura começa no Rio de Janeiro, onde a exposição será acolhida no Centro Cultural dos Correios, bem no coração da cidade. De 24 de setembro a 8 de novembro de 2025, o público poderá caminhar lado a lado com as folhas gravadas do Mestre.

Depois, de 18 de novembro a 5 de janeiro de 2026, será a vez de Belo Horizonte. Por fim, de 15 de janeiro a 1º de março de 2026, a mostra desembarca em Vitória, no charmoso Palácio Anchieta — um dos edifícios históricos mais antigos ainda em funcionamento no Brasil e sede do governo do Espírito Santo.

O que veremos

Entre as peças mais fascinantes em exposição:

• Autorretrato com Saskia (1636)

• A descida da cruz (1633)

• A ressurreição de Lázaro (1632)

• O jogador de cartas (1641)

• O manto de José levado a Jacó (1633)

• A fuga para o Egito (1633)

Mas a experiência não se limita apenas à contemplação visual: painéis em Braille, descrições em língua de sinais e um autorretrato em 3D com recurso tátil tornam a mostra acessível e inclusiva também para visitantes com deficiência sensorial.

A entrada é totalmente gratuita, um sinal claro de que a arte — mesmo a mais refinada — não deve ser privilégio, mas um bem comum a ser partilhado.

Uma ponte com a Itália

Vale destacar que a exposição já percorreu cidades na Europa e no mundo: antes de chegar ao Brasil, passou por países como Alemanha, Itália e Estados Unidos.

Na Itália, algumas obras de Rembrandt estão preservadas em museus e coleções gráficas: a Pinacoteca Nacional de Bolonha, por exemplo, abriga um Gabinete de Desenhos e Gravuras com peças atribuídas ao Mestre.

Curioso pensar que essa viagem do “Mestre da luz e da sombra” conecta idealmente Amsterdã — onde Rembrandt viveu e trabalhou — ao Brasil, atravessando a Europa e desembarcando em terras distantes, mas sedentas de cultura.

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