Você já pensou em fazer algo diferente nas férias na Itália? Em vez de enfrentar a lotação das praias ou seguir o roteiro clássico de uma cidade de arte, decidiu visitar os lugares de onde vieram seus antepassados no Norte do país, talvez no coração dos Alpes? Parece uma ótima ideia: ar puro, silêncio, trilhas encantadoras e paisagens de cartão-postal. Mas atenção: as montanhas também escondem riscos, e a experiência pode se transformar em dor de cabeça se faltar preparo.
Segundo o jornal Alto Adige, os acidentes em montanha dobraram neste verão na região. Só na província do Alto Adige já são 15 vítimas fatais, o dobro do mesmo período do ano passado. E não para por aí: no vizinho Trentino, a situação é parecida. O Serviço Nacional de Socorro Alpino fala em um aumento de até 20% nos resgates em todo o país.
Para os especialistas, o problema não está apenas na maior procura pelo turismo de montanha, mas sobretudo na falta de preparo. Como explicou o presidente do Cnsas Alto Adige, Alberto Covi, muita gente encara a trilha “como se estivesse na cidade ou na praia”. Nas mochilas há iPad e celular, mas faltam casaco corta-vento e luvas. Isso sem contar o calçado: tênis urbanos no lugar de botas adequadas, escolha que pode custar caro diante de uma queda.
Outro fator de risco são as e-bikes, que levam turistas sem experiência a locais antes inacessíveis — e muitas vezes perigosos. Some-se a isso as mudanças rápidas do clima em altitude, e o resultado é uma sequência de incidentes.
Portanto, se a ideia é resgatar memórias familiares e curtir a natureza alpina, vá preparado: roupas adequadas, bom condicionamento físico e atenção ao clima. A montanha é linda, mas exige respeito.